Vejo as tuas infinitas luzes e a imensidão de teus andares
Vejo toda a fumaça que sai da boca dos dragões de ferro
Que deixa tua cor em tonalidades monocromáticas de cinzas
A primeira impressão
Senti-me engolida pela grandeza de tua floresta de concreto
Pelas pessoas que passam indiferentes
Pelo vento frio que recebia como anfitrião.
Tive que descobrir aos poucos o sol que há em ti
A diversidade de tuas falas
O abrigo de tuas ruas
O coração de tua gente
Mesmo que indiferente
percebo que somos todos inter conectados
pelas linhas da existência
E que todo homem-máquina possui um coração
Mesmo que escondido.
Parto
E como em toda partida já sinto saudades.
Retorno para minha pequena grande cidade
Que um dia
Aos meus olhos de menina
Era para mim a maior do mundo
Hoje
Aos meus olhos de artista
Torna-se pequena ao meu regresso.
Trago expectativas incontáveis
Talvez tão incontáveis quanto a quantidade de pequenas luzes que vejo do alto
Talvez , infelizmente
A pequena grande cidade
Já não possa mais suportá-las,
Pois a imensidão que me invadiu
já não lhe cabe mais.
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