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... tenho a liberdade de escrever e deixar ler a quem interessar alguns poemas, fotografias, críticas e outras coisas.A efemeridade da vida e o seu processo cíclico, a efervescência dionisíaca da sociedade são assuntos que quero botar em discussão.Então...fiquem a vontade.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

É tudo que me lembro.

E tudo que me lembro é do gosto de sal da tua pele.
Não lembro quando te conheci, nem quando te desconheço
Não lembro teu rosto ou teu endereço 
Não lembro teu nome, sobre nome, sob renome
Não lembro o número do teu telefone
Não lembro a cor do teu cabelo
Não lembro a cor dos teus olhos,como me olharam
Nem do teu cheiro
Não lembro em que lugar nos encontramos
Tempo- espaço
Não lembro o que sonhamos
Não lembro o som da tua voz
Não lembro
e nem de palavras pronunciadas ao meu ouvido.
Não lembro de ter sido algoz
Em algum momento
O que poderia ter sentido?
Não lembro
Não lembro se te quis
Não lembro se te desejei
Não lembro quanto tempo te esperei
Não lembro
E tudo que me lembro é o gosto de sal da tua pele.

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