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... tenho a liberdade de escrever e deixar ler a quem interessar alguns poemas, fotografias, críticas e outras coisas.A efemeridade da vida e o seu processo cíclico, a efervescência dionisíaca da sociedade são assuntos que quero botar em discussão.Então...fiquem a vontade.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Aranha

                                                        Ode à Má Mère - Louise Borgeois

A aranha trabalha metódicamente
Tece fios de tramas complexas
As mesmas linhas da palma da mão.
Fios de mãos moiras
Levam o caminho para vida ou morte.
A aranha cuida dos filhotes
Tece fios quentes e macios
Um a um
Devoram-se
A mãe traça os destinos.
Quem irá me amamentar?
Aranha materna me acalenta
Trabalha
Mãe- aranha me alimenta
Me prende em sua teia
O que será de mim quando partires?
Afastem-se fiadeiras
O medo não existe?
Uno os fios de tua vida
Para que não fiques por um fio.


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