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... tenho a liberdade de escrever e deixar ler a quem interessar alguns poemas, fotografias, críticas e outras coisas.A efemeridade da vida e o seu processo cíclico, a efervescência dionisíaca da sociedade são assuntos que quero botar em discussão.Então...fiquem a vontade.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O Poeta e a Acrobata

Certo dia vinha pelas ruas passando
Num desses dias que são muito comuns
Um poeta a pensar
Em que palavras usar
Para seu poema mais genial.
Olhava as imagens a vagar
Absorto e alheio
Aos carros que buzinavam.
Em outro, lugar estava
Desafiando o ar
Uma acrobata peralta
Que subia e saltava
Leve
Suave
E encantava todos que por lá passavam.
O destino então
Como um menino brincalhão
Resolveu que um dia
Numa esquina qualquer da vida
Os dois iriam se encontrar.
O poeta distraído
Cabisbaixo por não encontrar palavras
Levantou o seu olhar
Viu na leveza da acrobata
Tudo que seu coração queria contar.
A acrobata peralta
Subia em seu tecido
Saltava ao ar
Sorria ao poeta
Que assistia aflito
Erguendo os braços para carregá-la.
Finalmente tinha encontrado
O que há muito procurava
A acrobata brincava de espalhar pelo ar
Tudo que estava escondido,
Contido no poeta
E ela reconheceu em seu olhar
As coisas que só o coração compreende
Que para o amor
Não necessitam palavras.

Um comentário:

  1. Num desses dias em que não tinha nada pra fazer, resolvi que iria escrever um conto que era só uma idéia guardada a um certo tempo, então fiz esse primeiro e breve ensaio do Poeta e a Acrobata que fala um pouco sobre as coisas simples e esquecidas do cotidiano.

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