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... tenho a liberdade de escrever e deixar ler a quem interessar alguns poemas, fotografias, críticas e outras coisas.A efemeridade da vida e o seu processo cíclico, a efervescência dionisíaca da sociedade são assuntos que quero botar em discussão.Então...fiquem a vontade.

sábado, 22 de maio de 2010

Penélope


A tecer a trama da vida estou
As pessoas passam por mim
E somente passam
As horas e os dias passam
Passa o anoitecer
E os sonhos e a esperança vão morrendo
A cada vez que nasce o dia.
Até quando?
Quando saber onde se deve parar
E concluir tudo que se deixou incompleto?
Saber como concertar os erros cometidos?
Esperar ou fugir de um destino que não sei ao certo
Se trará ou me tirará todos os desejos.

A tecer a trama da vida estou
Ponteando cada passo
Um por um.
Amores passam por mim
E se desfazem a cada amanhecer
Pois sei que não é o que espero.

A tecer a trama da vida estou
Furando o dedo nas agulhas,
Pregando as lágrimas como pérolas
E as gotas de sangue como pétalas de rosa.

Desmancho tudo toda vez que amanhece.

Algum dia talvez consiga concluir

Como todo e bom artesão

meu trabalho árduo

E ponteie cada linha que me ligue ao que vai chegar.

Enquanto isso teço
E desmancho as linhas do destino
Até quando achar necessário
Fazer-me incompleta.

Jaqueline Souza 07/2009

4 comentários:

  1. Na mitologia grega, Penélope (Πηνελόπη) é a esposa de Ulisses. Era filha de Icário e sua esposa Periboea. Ela aguarda por Ulisses durante todo o seu retorno da Guerra de Tróia, narrado na Odisséia, de Homero.

    Enquanto Ulisses guerreava em outras terras e seu destino era desconhecido, não se sabendo se estava vivo ou morto, o pai de Penélope sugeriu que sua filha se casasse novamente, mas ela, uma mulher apaixonada e fiel ao seu marido, recusou, dizendo que o esperaria até a sua volta. No entanto, diante da a insistência de seu pai, para não desagradá-lo, Penélope resolveu aceitar a corte dos pretendentes à sua mão. Para adiar o máximo possível o novo casamento, estabeleceu a condição de que se casaria somente após terminar de tecer uma colcha de tricô.

    Durante o dia, aos olhos de todos, Penélope tecia a colcha, e à noite secretamente ela a desmanchava. E foi assim até uma de suas servas descobrir o ardil e contar toda a verdade. Ela então propôs outra condição ao seu pai. Conhecendo a dureza do arco de Ulisses, ela afirmou que se casaria com o homem que o conseguisse encordoar. Dentre todos os pretendentes, apenas um camponês humilde conseguiu realizar a proeza. Imediatamente este camponês revelou ser Ulisses, disfarçado após seu retorno. Penélope e Ulisess tiveram apenas um filho chamado Telêmaco.

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  2. O poema penélope tem muito haver com essa coisa da espera, da resignação e também de destino.

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  3. Olà Jaqueline. Foi procurando um poema que falasse de Penélope que encontrei o seu. Adorei!
    Costumo reforçar os sentimentos que tento pousar no meu blog com textos alheios. Desta pus este seu porque diz exactamente aquilo de que quero falar. Espero que não se importe. Obrigada

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  4. Que bom que você gostou, vou ficar bem alegre se voce postá-lo.Fique à vontade.

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